Vi esta matéria publicada no site de meu amigo Christian de Saboya e fiquei encantado. Christian nos deu um verdadeiro exemplo de amor verdadeiro, de pureza de alma e de sentimento. Estou republicando, na íntegra, aqui no Vida & Arte para que as pessoas vejam que ainda existem pessoas de bom coração:
“Estava a caminho de uma reunião na TP Publicidade, hoje à tarde, quando o telefone tocou. Angustiado, o fotógrafo Canindé Soares, que além de excelente profissional tem uma alma boníssima, pedia socorro. Para um cachorro, poddle como as minhas Terezinha e Maria do Socorro, com uma carinha triste por demais e o corpinho franzino.
Canindé havia o encontrado àquela hora, coisa de 17h, no Tirol. Seus donos, sem nenhum amor no coração, teriam "jogado fora” o pobre cachorro. Assim, como se um lixo fosse. Dei meia volta e fui à procura do cãozinho. Na rua, vizinhos me contaram o que aconteceu.“Seus donos não querem mais ele. Ele está muito doente”. “Jogaram o cachorro fora quando ele mais precisava de cuidados e de amor”. “Que ser humano é esse?”... Por que?, como tiveram coragem e que atitude tão desumana foi essa, não me interessa.
Num mundo onde se esquarteja crianças... tadinhas, onde se mata pai, mãe e filhos – o que dizer, que sentimento chorar? O que eu queria era resolver a situação daquele cão – a margem da vida, graças aos seus donos inacreditáveis. Uma cara tristíssima, coberto acho eu por dor e... iodo. Chamei-o de todas as formas. Ele não veio. Queria latir, não tinha forças. Nem ânimo. Era um latido gélido, inaudível, de dor.
Na esperança de seus donos abrirem o portão, não saia de frente da casa, chorando um choro contido, desses que a alma, apenas, ouve. Ah, meu Deus! Mais um cachorro abandonado na minha vida!, pensei... E briguei com Deus! "Mas homem, eu tão ocupado! Lá vem o Senhor colocando chafurdo na minha porta... É sempre assim. E lá vou eu! O Senhor fica aí no céu, no bem bom, eu correndo como um louco!" E rezei um Pai Nosso, acho que para me redimir. E lá fui eu para tentar novamente. E mais uma vez.
Até que decidi ir até a minha clínica veterinária, a caça do anjo Alexandre. No Centro Veterinário São Francisco de Assis, seu Antônio, fidelíssimo escudeiro dos anjos Diógenes e Joana Darc, se prontificou a me ajudar. Sem forças, “Azulzinho”, será esse seu nome, se rendeu ao meu amor. Como converso com bichos como converso com gente – e olho nos olhos, como olho nos olhos de gente... ele de cara resolveu se apaixonar por mim.
E fomos os três: Azulzinho, seu Antônio e eu. Na São Francisco de Assis, Joana o consultou. Cheio de feridas, com uma infinidade de carrapatos e muito machucado, Azulzinho estava, desde a manhã, no meio da rua. Perdido, desorientado, sem rumo, sem prumo. Não comeu nada, não bebeu água, não encontrou amor até se deparar com o olhar de Canindé Soares.
A uma hora dessas, dorme feliz – sem entender o que lhe acontece, certamente que não. Tomou banho, foi tosado, fez exames e... comeu muito. Agora dorme o sono dos justos. Daqueles que nada fazem para se deparar com a crueldade do ser humano. E encontram , o que é uma pena. Sonha com dias melhores, certamentee. Sonha com o dia em que a humanidade terá a hombridade de respeitar os animais. Seus donos? Não me interessam. Nem os seis, nem nada não. Torço para que, na próxima encarnação, venham como cachorros. E que Canindé Soares um dia os encontre na rua e me telefone. “
AZULZINHO
“Estava a caminho de uma reunião na TP Publicidade, hoje à tarde, quando o telefone tocou. Angustiado, o fotógrafo Canindé Soares, que além de excelente profissional tem uma alma boníssima, pedia socorro. Para um cachorro, poddle como as minhas Terezinha e Maria do Socorro, com uma carinha triste por demais e o corpinho franzino.
Canindé havia o encontrado àquela hora, coisa de 17h, no Tirol. Seus donos, sem nenhum amor no coração, teriam "jogado fora” o pobre cachorro. Assim, como se um lixo fosse. Dei meia volta e fui à procura do cãozinho. Na rua, vizinhos me contaram o que aconteceu.“Seus donos não querem mais ele. Ele está muito doente”. “Jogaram o cachorro fora quando ele mais precisava de cuidados e de amor”. “Que ser humano é esse?”... Por que?, como tiveram coragem e que atitude tão desumana foi essa, não me interessa.
Num mundo onde se esquarteja crianças... tadinhas, onde se mata pai, mãe e filhos – o que dizer, que sentimento chorar? O que eu queria era resolver a situação daquele cão – a margem da vida, graças aos seus donos inacreditáveis. Uma cara tristíssima, coberto acho eu por dor e... iodo. Chamei-o de todas as formas. Ele não veio. Queria latir, não tinha forças. Nem ânimo. Era um latido gélido, inaudível, de dor.
Na esperança de seus donos abrirem o portão, não saia de frente da casa, chorando um choro contido, desses que a alma, apenas, ouve. Ah, meu Deus! Mais um cachorro abandonado na minha vida!, pensei... E briguei com Deus! "Mas homem, eu tão ocupado! Lá vem o Senhor colocando chafurdo na minha porta... É sempre assim. E lá vou eu! O Senhor fica aí no céu, no bem bom, eu correndo como um louco!" E rezei um Pai Nosso, acho que para me redimir. E lá fui eu para tentar novamente. E mais uma vez.
Até que decidi ir até a minha clínica veterinária, a caça do anjo Alexandre. No Centro Veterinário São Francisco de Assis, seu Antônio, fidelíssimo escudeiro dos anjos Diógenes e Joana Darc, se prontificou a me ajudar. Sem forças, “Azulzinho”, será esse seu nome, se rendeu ao meu amor. Como converso com bichos como converso com gente – e olho nos olhos, como olho nos olhos de gente... ele de cara resolveu se apaixonar por mim.
E fomos os três: Azulzinho, seu Antônio e eu. Na São Francisco de Assis, Joana o consultou. Cheio de feridas, com uma infinidade de carrapatos e muito machucado, Azulzinho estava, desde a manhã, no meio da rua. Perdido, desorientado, sem rumo, sem prumo. Não comeu nada, não bebeu água, não encontrou amor até se deparar com o olhar de Canindé Soares.
A uma hora dessas, dorme feliz – sem entender o que lhe acontece, certamente que não. Tomou banho, foi tosado, fez exames e... comeu muito. Agora dorme o sono dos justos. Daqueles que nada fazem para se deparar com a crueldade do ser humano. E encontram , o que é uma pena. Sonha com dias melhores, certamentee. Sonha com o dia em que a humanidade terá a hombridade de respeitar os animais. Seus donos? Não me interessam. Nem os seis, nem nada não. Torço para que, na próxima encarnação, venham como cachorros. E que Canindé Soares um dia os encontre na rua e me telefone. “
2 comentários:
Ah, bela reportagem...
Presenciar esse tipo de atitude me faz muito bem.
Parabéns!!
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