Desde a abertura da 22ª edição, o DFB
Festival vem ressaltando a capacidade criativa dos cearenses e ocupando
diversas temáticas relevantes à indústria da moda. No segundo dia de atividades
nas areias da Praia de Iracema, desfiles marcantes de nomes consagrados e
revelações da cena autoral agitaram as passarelas. Em grande efervescência
cultural, o palco Factory recebeu shows de atrações de diversos ritmos e
gêneros, dentre eles o grupo Mundo Livre S/A, referência do movimento do
manguebeat brasileiro.
Conexão Gastronômica
No Mayú Experience, o público assistiu
a uma verdadeira conexão gastronômica com uma oficina de receitas
descomplicadas do Maciço, orquestrada pelos chefs Mattu Macedo e Núbia Lima. Na
noite, o espaço recebeu uma aula-show de Patrick Lima Alex e Thales Romão,
chefs de grande renome na cidade.
Coquetel de lançamento
Parceiro do DFB, o Giga Mall organizou
na noite do dia 26.05 um coquetel de lançamento do empreendimento para
jornalistas, gestores e convidados na sala de imprensa. Regis Tavares,
superintendente, apresentou com exclusividade detalhes sobre a construção do
empreendimento e expectativas para a inauguração.
Em etapa de construção, o Giga Mall,
com 70 mil metros quadrados de área construída no bairro Messejana, conta com
mais de 1.000 lojas e será destinado prioritariamente ao setor da moda
atacadista, tradicional no Ceará – um dos maiores polos nacionais.
Ciclo de formação
Realizado pelo Senac, Dragão Pensando
Moda (DPM) promoveu palestras relevantes sobre moda digital e sustentabilidade.
Em mesa redonda, Gustavo Narciso (C&A), Milena Prado (DIEESE) e Verônica
Couto (SEBRAE) trocaram experiências e levantaram os desafios para a inserção
da moda sustentável no país. Na mesma tarde, Airan Pagliosa (Santana Textiles),
Fernando Bock (Arezzo&CO), Renato Januzzi Cechettini (Inova Consulting) e
Lucas Rocha (Haco) conduziram o talk
sobre tendências de consumo e o varejo inteligente. O debate foi encerrado
com o papo sobre o universo digital da moda.
Efervescência de ritmos
Enquanto o público assistia às criações
nas salas de desfile, o Palco Factory recebia atrações nacionais e locais de
diversos ritmos e gêneros musicais. Em clima sunset, a cantora Luiza Nobel
entoou um repertório com regravações de hits do funk e pop, junto a composições
próprias, como “Anástacia”, “Go Now” e “Let’s Burn”. Abrindo a noite, o duo
pernambucano BENZA exalou brasilidade com músicas que misturam pop e
tropicalismo a batidas eletrônicas. Headliner da programação, a banda Mundo
Livre S/A transformou o palco em um verdadeiro caldeirão com apresentação das
faixas enérgicas e provocativas do projeto “Walking Dead Folia”, além de hits
que marcaram a carreira do grupo, considerado um dos expoentes do mangue beat
no Brasil.
Noite memorável
A segunda noite de desfiles do DFB 22
trouxe muito impacto estético, criatividade, diversidade e brasilidade aos
olhos do público. Na abertura, o estreante Bruno Olly trouxe criações ousadas
com roupas curtas e coladas e desfile de um casting majoritariamente masculino
para questionar os padrões impostos aos gêneros na sociedade. “Ridículo é quem
perde tempo em querer menosprezar o próximo”, disse. Em seguida, a marca Sand
Blue investiu em sustentabilidade ao apresentar uma coleção de beach wear com
acessórios reutilizados de resíduos descartáveis da indústria, como a corda
naútica. Representando a moda íntima, a marca Vi Lingerie apresentou a coleção
"Ceará é Flor, é Amor", trazendo uma releitura da cultura cearense
através de peças em tons rosê e rendas, que esbanjaram feminilidade.
O quarto desfile foi do estilista Vitor
Cunha, novo nome da cena autoral, que usou do conceito mitológico e estético da
libélula para criação de peças exuberantes em modelagens justas e oversized,
produzidas por diversas técnicas, como crochê freeform e reinterpretações de
macramê. Aguardado por uma sala lotada, Lindebergue, estilista que faz parte da
história do DFB, encantou mais uma vez o público ao apresentar uma coleção
cheia de significados e sentidos, referentes ao contexto pandêmico, com peças
em crochê e composições de tule, que homenagearam às mulheres, em diversos
padrões estéticos, e ainda destinou espaço para personalidades queer e drag
queens. Por fim, Ivanildo Nunes trouxe uma coleção vibrante e renascentista, construída
com rechilieu, renda de bilro e crochê.
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