Que
o vinho traz benefícios reais à saúde, quando consumido com moderação, parece
que quase todo mundo já sabe. Mas será que existem alguns vinhos que são mais
saudáveis do que outros?
O
segredo está na quantidade de componentes antioxidantes presentes em cada taça,
como procianidinas e resveratrol, encontrados principalmente nas cascas e
sementes das uvas. E todos os tipos de vinho possuem esses componentes, só que
em maior ou menor escala.
A
escolha do seu vinho, é claro, não será definida somente pelo potencial
benéfico dele. Antes de mais nada, prevalece seu gosto pessoal, é claro. Mas
veja quais são as pistas para identificar quais vinhos podem ser os mais
saudáveis!
Por tipo de uva
A cepa
considerada a mais saudável de todas é a Tannat, com sua casca grossa e
quantidade de sementes superior à média (5 sementes por bago, enquanto o comum
são apenas 2 ou 3). Outras cepas que se destacam pelo natural potencial de
benefício para a saúde são: Cabernet Sauvignon, Nebbiolo, Petit Verdot,
Sangiovese, Tempranillo, Malbec e Shiraz.
Por
outro lado, algumas cepas naturalmente apresentam menos componentes
antioxidantes, não tendo, portanto, o mesmo potencial benéfico: Cabernet Franc,
Carmenère, Pinot Noir, Barbera, Zinfandel, Primitivo, Grenache, Merlot e Gamay.
Por estilo de vinificação
Como
as procianidinas e o resveratrol, bem como outros polifenois do vinho, estão
presentes nas sementes e cascas das uvas, o estilo de vinificação também afeta enormentemente
o valor benéfico de cada vinho.
O
segredo dos vinhos mais saudáveis, em relação ao método de produção, é a
duração dos processos de fermentação e da maceração, ou seja, a duração do
contato com as cascas e sementes. Por isso, encontramos mais antioxidantes nos
vinhos tintos, embora brancos envelhecidos em carvalho também possam ser
bastante tânicos e saudáveis.
Sendo
assim, pequenas produções artesanais, como vinhos de autor, costumam ser mais
saudáveis que os grandes lotes de produção comercial.
Por região de origem
Sem
nos esquecermos de que é uma generalização, é possível ter uma orientação dos
vinhos mais saudáveis, também conforme a região de origem:
Australianos
tendem a ter menores níveis de procianidinas, mesmo quando produzidos com a
tânica uva Shiraz. Os tintos de Bordeaux e da Borgonha estão entre os
moderados, assim como os espanhóis.
Italianos
do Sul, incluindo os insulares de Sicília e da Sardenha, em geral têm altos
níveis de procianidinas. Californianos produzidos com Tannat ou com Cabernet
Sauvignon merecem destaque nos benefícios à saúde. E argentinos, como o Malbec,
costumam ter alguns dos mais altos níveis de antioxidantes.
De
qualquer maneira, vale ressaltar: o consumo moderado de vinho traz inúmeros
benefícios à saúde, mas não é indicado para todas as pessoas. Na dúvida,
consulte um médico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário